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Bactéria ativa em vacina causou morte de 200 animais no Piauí, diz secretário
Em 13/11/2025 por Jesika Mayara

(Foto: Reprodução)

O secretário de Assistência Técnica e Defesa Agropecuária do Piauí (Sada), Fábio Abreu, confirmou nesta quarta-feira (12) que o laboratório fabricante da vacina Excell 10 reconheceu falha na produção de dois lotes do imunizante, apontado como causa da morte de mais de 200 caprinos e ovinos no estado. A conclusão foi apresentada após análise técnica conduzida pela empresa responsável pela vacina.

Segundo Fábio Abreu, a investigação identificou que as bactérias presentes nos lotes não foram devidamente inativadas, o que resultou na aplicação da própria doença nos animais.

“Esses dois lotes, em vez de terem a bactéria inativada, tiveram-na ativa na composição, ou seja, como se estivessem aplicando a própria doença nos animais”, explicou o secretário em entrevista.

O secretário informou que o Ministério da Agricultura suspendeu os lotes suspeitos e que três laboratórios participaram das análises, incluindo o próprio fabricante. Após o resultado, a empresa responsável decidiu suspender temporariamente suas atividades no Brasil e anunciou medidas de correção na formulação da vacina.

“O laboratório vai agora fazer as correções e também o reparo financeiro aos proprietários. A parte administrativa será tratada diretamente com os produtores, e o laboratório não vai se furtar de corrigir essa questão”, afirmou Abreu.

Produtores devem manter calendário de vacinação
Apesar do episódio, o secretário ressaltou que os produtores não devem interromper o calendário vacinal de seus rebanhos, já que os lotes defeituosos foram retirados do mercado e há outras vacinas seguras disponíveis.

Indenizações e novas medidas
Os produtores que registraram mortes de animais na Agência de Defesa Agropecuária do Piauí (Adapi) serão contatados para negociação direta com o laboratório, que deverá criar um canal exclusivo para tratar das indenizações.

"Vamos buscar esse contato com o laboratório, para que ele crie um canal de comunicação direto com os produtores e tudo seja resolvido administrativamente”, disse o secretário.

As mortes de caprinos e ovinos foram registradas principalmente na região do Vale do Itaim, mas também ocorreram em outros estados do Nordeste e em São Paulo. A investigação mobilizou laboratórios das universidades federais do Piauí e do Ceará, além do Instituto Biológico de São Paulo.

 

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