Polícia
Casal é preso suspeito de espancar jovem até a morte após furto no Piauí
Em 13/05/2025 por Redação

(Foto: Renato Andrade)

Um casal foi preso suspeito de participação na morte de Francisco José Oliveira, de 29 anos, em junho de 2024, na Vila Jerusalém, na Zona Sul de Teresina. O crime ocorreu na residência dos suspeitos que, de acordo com a investigação do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), era usada para “julgamentos” do Tribunal do Crime.

O delegado Jorge Terceiro explicou que a vítima era usuária de drogas e teria praticado um furto na região. O crime, cometido em uma área dominada por uma facção criminosa, teria motivado a execução. O casal seria membro da facção e, após matar a vítima, jogou o corpo dentro de um grotão.

De acordo com o delegado, a vítima foi submetida a sessões de espancamento e tortura dentro do imóvel. “Ele foi morto mediante uma série de espancamentos e uma sessão de tortura. Membros de um grupo faccionado da área pegaram esse rapaz e o levaram para dentro de uma residência que seria uma boca de fumo, de propriedade dos dois indivíduos que foram presos hoje”, disse.

Ainda segundo o delegado, o imóvel já era conhecido da polícia por funcionar como ponto de tráfico. “Ela [a mulher] é proprietária do imóvel e o indivíduo foi espancado com autorização dela e do esposo, que se encontravam no local no momento dos fatos. Inclusive, os dois foram presos posteriormente por tráfico de drogas no mesmo imóvel. Além de servir ao tráfico, o local também era usado para ‘disciplinar’ indivíduos que praticavam atos não aceitos pela facção”, explicou.


Delegado Jorge Terceiro

O delegado informou ainda que o objetivo do grupo não era apenas punir a vítima, mas matá-la. “A intenção formal deles, com o tipo de situação em que foi encontrado o corpo, com o grau das lesões e tudo, era realmente matar. Era uma ‘disciplina’ que acabou em execução”, afirmou.

A investigação apontou o local do crime, os autores e reuniu provas suficientes para que a Justiça expedisse os mandados de prisão preventiva. “Demorou um pouco, haja vista que esse tipo de delito é difícil, por causa da ausência de testemunhas, mas com o tempo conseguimos juntar elementos suficientes para provar tanto o local como os responsáveis”, concluiu Jorge Terceiro.

Foto: Renato Andrade 

Fonte: Cidade Verde

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