
O membro do Conselho Federal de Química, Marco Aurélio Coutinho, explicou sobre as consequências e meios de prevenção do uso de metanol em bebidas alcoólicas. O especialista detalha que, diferente do etanol (álcool consumível e utilizado em bebidas), o metanol não deve ser consumido por causar sequelas irreversíveis.
"Uma curiosidade, quem vai causar os danos são os compostos formados após ingestão e metabolismo. Após a digestão com formaldeído e ácido fórmico, as células degeneradas que entrarão no organismo e, logo em seguida, apresentará os sintomas", disse.
Os primeiros sintomas aparecem cerca de 12h a 24h após o consumo, sendo semelhantes à ressaca, mas que, logo em seguida, a vítima passa a ver vertigens, sofrer com cegueira e problemas respiratórios que podem levar a morte.
"O grande problema é a demora que há para procurar assistência hospitalar, porque acha que é uma ressaca igual do etanol. Após o processo de formação do ácido fórmico, a substância passa a atacar as células mitocondriais dos nervos ópticos e a pessoa começa a perder visão. Só com 10ml de metanol diluído já pode provocar todos os sintomas levando a morte", afirmou.
Por ser difícil de diferenciar, Marco Aurélio destaca que, entre as formas de prevenção, a população deve observar o local de venda, verificar o rótulo, o selo do IPI (imposto sobre produto industrializado), o selo do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e conferir se o lacre da bebida está intacto.
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