Saúde
Diabetes mal controlada aumenta riscos de amputação
As amputações resultam de uma complicação conhecida como
Em 06/10/2025 por Jesika Mayara

(Foto: G1)

Últimos levantamentos do Ministério da Saúde, analisados pela Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP), apontam um quadro alarmante: as amputações de membros inferiores provocadas pelo diabetes seguem em patamar elevado no país. Em 2023, o SUS registrou 11.326 procedimentos. Somente no primeiro semestre de 2024, outros 5.710 casos já foram contabilizados.

Essas amputações são, na maioria, resultado de uma complicação conhecida como "pé diabético", condição que causa úlceras e infecções nos pés devido a problemas de circulação e danos nos nervos. Se não tratada a tempo, pode levar à perda de parte do membro.

Segundo a Federação Internacional de Diabetes (IDF), o Brasil tem hoje 16 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos com diabetes, ficando atrás apenas de países como China (148 milhões de registros), Índia (89,8 milhões), Estados Unidos (38,5 milhões), Paquistão (34,5 milhões) e Indonésia (20,4 milhões). No mundo, são 589 milhões de casos, o que equivale a 1 em cada 9 pessoas. Em 2024, o Brasil já registrou 111 mil mortes relacionadas ao diabetes.

Complicações graves-neuropatia e má circulação
Uma das complicações mais graves do diabetes é a neuropatia diabética, condição que causa danos nos nervos, principalmente nas pernas e nos pés. Esse problema pode comprometer diversas funções do corpo e, em casos mais avançados, levar a quadros graves como úlceras, infecções e até amputações.

Os sintomas são variados e muitas vezes difíceis de identificar no início.

Entre os mais comuns estão:

-Perda de sensibilidade nos pés, mãos e pernas;
-Dores intensas e formigamento, com sensação de queimação, especialmente à noite;
-Fraqueza muscular e dificuldade de coordenação;
-Desconforto extremo ao toque, como dor ao sentir o peso de um lençol;
-Problemas digestivos, como azia, inchaço, indigestão, diarreia ou prisão de ventre;
-Tonturas ao se levantar, causadas pela queda de pressão arterial;
-Alterações na sudorese, como suor em excesso ou pele extremamente seca;
-Disfunções urinárias e sexuais;
-Dificuldade em perceber sinais de hipoglicemia (queda de açúcar no sangue);
-Complicações cardiovasculares, com impactos nos vasos sanguíneos e no coração.

A neuropatia diabética é progressiva e precisa de diagnóstico precoce e tratamento adequado para evitar que evolua para quadros irreversíveis.

 

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