Picos(PI), 26 de Abril de 2024

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Pacientes temem fechamento de reabilitação em Picos

Os mesmos buscaram a imprensa para falar da importância do tratamento

10/09/2019 - Redação

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P40G-IMG-217918606bfac9f98b.jpeg (Foto: Picos 40 Graus)
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Pais de crianças que realizam reabilitação, em Picos, estão temerosos após corte do custeio do Ministério da Saúde as duas clinicas de reabilitação do município.

Na manhã desta terça-feira, 10, após serem comunicados pela direção da Associação Piauiense de Atenção e Assistência em Saúde (APAAS), sobre os cortes no custeio e a possibilidade de interrompimento do tratamento, pais e pacientes buscaram a imprensa para ressaltar sua insatisfação.

“Meu filho já faz reabilitação há dois anos e oito meses. Toda semana ele passa por vários profissionais e saber que podemos perder esse atendimento é muito ruim. Estamos indignados, pois pessoas de mais de setenta municípios realizam reabilitação diariamente. Pedimos a ajuda do poder público para que não percamos esse serviço, que é tão importante para os nossos filhos”, disse Francisco da Silva.

Diagnosticado com microcefalia o filho de Taylane Martins de Carvalho, realiza reabilitação desde os dois meses de vida.

“Ele nasceu com 30 semanas de gestação. Era muito hipotônico e não segurava nem o pescoço. Hoje eu vejo a evolução dele, que já senta e se arrasta pelo chão, isso devido ao tratamento e já fala algumas palavrinhas. Sem o atendimento em Picos eu teria que ir a Teresina uma vez ao mês, sendo que aqui ele é atendido duas vezes na semana”, explicou Taylane.

A mãe lembra que os pacientes atendidos pelo trabalho de reabilitação são em sua maioria carentes. “Pra gente ficar sem isso aqui é a mesma coisa que ficar sem água, não da pra sobreviver, nossos filhos não conseguem ficar sem o Centro de Reabilitação”.

A idosa Maria Vieira de Lima e o seu esposo fazem tratamento fisioterápico há muitos anos. “Sem a fisioterapia meu marido não anda, ele foi diagnosticado com artrose no joelho e eu faço tratamento na coluna, precisamos disso para que possamos ter uma vida mais funcional”.

Pais e pacientes assinaram uma petição para cobrar das autoridades a continuação do tratamento.

A diretora da APAAS, Luciana Martins, falou sobre as dificuldades enfrentadas pelo centro com o corte do custeio.

“Estamos sendo auditados pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), devido a uma denúncia do Tribunal de Constas da União que alega que temos enxerto de pacientes, mais isso foi um erro de informações que já foi corrigido, uma vez que atendemos cerca de 1100 pacientes por mês. Estamos sempre procurando dar o melhor dentro da reabilitação”, explicou a diretora.

Luciana afirmou que a documentação e informações exigidas foram repassadas, a fim de solucionar o mais breve possível os transtornos existentes.

“Estamos com o coração tranquilo, pois não temos irregularidades. As noticias nas redes sociais deixaram as famílias apreensivas, uma vez que são carentes e não têm condições de realizar o tratamento na capital”, ressaltou a diretora.

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