Picos(PI), 12 de Maio de 2024

Matéria / Política

Mulheres ainda enfrentam desigualdade e pouca representatividade na política

A busca pela igualdade de gênero é uma bandeira feminina, mas os obstáculos são enfrentados diariamente.

25/05/2022 - Redação

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P40G-IMG-9ba17390d6239f7865.jpg (Foto: Reprodução)
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A luta pela paridade de gênero é repleta de obstáculos, seja na busca por direitos trabalhistas, acesso à educação e maior participação na política. Há poucos anos, a mulher se detinha a exercer a função de dona de casa, cuidando de afazeres domésticos e da família. Foi apenas em 1827, a partir da Lei Geral, que elas puderam ter acesso à escola primária, e apenas a partir da Constituição de 1934 que a mulher conquistou a igualdade salarial e a assistência médica durante a gravidez. E o direito ao ingresso no mercado de trabalho só foi conquista em 1988, ou seja, há pouco mais de 30 anos.
 
A advogada e mobilizadora do Movimento VEM (Valor Eleger Mulheres), Naiara Moraes, tem ganhado espaço nas redes sociais ao levantar a voz em favor das bandeiras femininas, por mais espaço na política e maior reconhecimento na sociedade. Ela já visitou mais de vinte bairros em todas as regiões de Teresina e os municípios de Piripiri e Picos, reunindo homens e mulheres em torno de pautas que afetam a sociedade. 
 
“A desigualdade passou a ser notória com a pandemia da Covid-19. O nosso movimento já incorporou pautas como cidade, moradia, mobilidade urbana, entre outras. No entanto, a discussão sobre o papel da mulher na sociedade possui grande relevância. Meu propósito sempre foi fazer a diferença na vida do outro, com o Movimento Vem está sendo possível visitar comunidades e assim entender os anseios da população e inserir mulheres e jovens em pautas de cunho social e político”, frisa Naiara.
 
Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), as mulheres representam 51,8% da população brasileira. Esse também é o público responsável por lidar com as finanças da casa, educação e alimentação dos filhos, isto é, que conhece os desafios da sociedade, e também é afetado pelo alto índice de desemprego e pouca representatividade na política.

“Os obstáculos são maiores para nós em razão do trabalho doméstico e da inclusão no mercado de trabalho. Por conta disso, é preciso desenvolver políticas de apoio à inclusão das mulheres”, destaca Naiara Moraes. 

Indicadores de desvantagem das mulheres em relação aos homens
Pesquisa realizada pelo Grupo Globo revela que 48,7% das famílias possuem mulheres como líderes. No entanto, esse público ainda lidera os índices de desemprego no país, ou seja, 14,9% das pessoas sem emprego são mulheres, mesmo que elas sejam maioria com ensino superior. 

Naiara Moraes também aponta que esse quadro de desigualdade passou a ser notório com a pandemia de Covid-19 e a motivou na mobilização do Movimento Vem. “Desde as movimentações políticas na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), temos uma grande preocupação em relação às mulheres no mercado de trabalho. Não só nesse aspecto, mas considerando todas as dimensões do que é ser mulher na sociedade, principalmente no contexto da crise sanitária”, finaliza.

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