(Foto: Divulgação/Wikimedia Commons)

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A embaixada de Israel no Brasil teve as portas fechadas nesta sexta-feira (13), sem anúncio prévio ou explicações formais sobre o motivo da medida. A interrupção nas atividades consulares ocorre em um momento de forte tensão internacional, marcado por ofensivas militares entre Israel e Irã.

O fechamento da unidade em Brasília faz parte de uma estratégia mais ampla adotada por Tel Aviv. De acordo com comunicados veiculados nos canais oficiais de consulados israelenses, as representações do país ao redor do mundo estão temporariamente suspensas: "À luz dos acontecimentos recentes, as missões israelenses ao redor do mundo serão fechadas e os serviços consulares não serão prestados."

Além disso, as autoridades israelenses recomendaram que seus cidadãos evitem expor símbolos judaicos ou israelenses em locais públicos, como forma de prevenção diante do aumento das tensões globais.

A decisão foi tomada após o lançamento de um ataque aéreo por parte de Israel contra o Irã, na noite de quinta-feira (12). Foi a primeira vez que Tel Aviv bombardeou diretamente o território iraniano, mirando um aeroporto militar na cidade de Tabriz. O episódio ocorre em meio à paralisação das negociações nucleares entre Teerã e Washington, e à acusação israelense de que o Irã estaria desenvolvendo secretamente armamento nuclear em instalações subterrâneas. Segundo autoridades israelenses, o país persa estaria "próximo" de obter seu primeiro dispositivo nuclear.

Em resposta ao ataque, o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, classificou a ação como criminosa e prometeu retaliação: "O Irã não permanecerá em silêncio diante desse crime e fará o inimigo se arrepender."

Do lado israelense, o tom também é de continuidade no conflito. O porta-voz militar Effie Defrin afirmou que o país está se preparando para "uma operação prolongada" e que os esforços militares seguirão até que os objetivos estratégicos sejam alcançados. Ele também alertou sobre possíveis novos ataques por parte do Irã.

A repercussão internacional foi imediata. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, condenou publicamente a ofensiva israelense, considerando-a uma "clara violação da soberania do Irã e do direito internacional". A nota oficial também manifesta preocupação com a escalada da violência na região e seus desdobramentos geopolíticos.

A suspensão dos serviços diplomáticos e o clima de tensão evidenciam o agravamento de uma crise que já mobiliza a atenção de líderes mundiais e pode ter consequências duradouras para a estabilidade no Oriente Médio.