22/07/2025 - Redação
(Foto: Divulgação)
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O vice-presidente Geraldo Alckmin declarou nesta segunda-feira (21) que diálogos com os Estados Unidos sobre a taxa de 50% imposta pelo presidente Donald Trump também ocorrem “de forma reservada”.
A tarifa foi anunciada pelo republicano no dia 9 de julho e vai atingir todos os produtos brasileiros comprados pelos EUA.
“Estamos em conversa com o governo americano pelos canais institucionais e de forma reservada”, afirmou a jornalistas após nova rodada de discussão com os setores atingidos pelo tarifaço de Trump.
Após o anúncio do norte-americano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a criação de um comitê interministerial para discutir a tarifa.
O grupo de trabalho é chefiado por Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. O comitê reúne empresários e o setor produtivo.
O vice-presidente não informou, contudo, quem tem comandado as conversas do lado norte-americano. Alckmin também não afirmou se o governo dos EUA respondeu às tentativas de contato feitas pelo Brasil em busca de negociação.
Condições inadequadas
Nesta segunda-feira, Lula negou haver uma “guerra tarifária” entre Brasil e Estados Unidos. “Não estamos numa guerra tarifária. Ela vai começar na hora em que eu der a resposta ao Trump, se ele não mudar de opinião”, disse Lula a jornalistas em Santiago, capital do Chile.
“As condições que ele impôs não foram adequadas. Ninguém pode ameaçar com decisão judicial. Quem sou eu para tomar decisão diante da Suprema Corte”, acrescentou, em referência à relação feita por Trump entre a taxação e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Caça às bruxas
Em 9 de julho, Donald Trump anunciou que vai cobrar 50% de todos os itens do Brasil comprados pelos EUA a partir de 1º de agosto.
Segundo o republicano, a medida é uma resposta direta a supostos ataques do Brasil à liberdade de expressão de empresas norte-americanas e à forma como o país tem tratado Bolsonaro.
Além de inelegível até 2030, o ex-presidente é réu no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
Para o líder norte-americano, o julgamento e as investigações que envolvem o ex-presidente brasileiro configurariam uma “caça às bruxas” que deveria “terminar imediatamente”.
Fonte: Portal R7