06/10/2025 - Jesika Mayara
(Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)
(Foto: Fábio Pozzebom/Agência Brasil)
Faltando um ano para as eleições de 2026, marcadas para o dia 4 de outubro, o cenário político do Piauí começa a se consolidar com quatro nomes confirmados na disputa pelo governo do estado: Rafael Fonteles (PT), Margarete Coelho (PP), Toni Rodrigues (PL) e José Maia Filho, o Mainha, que deve se filiar a uma nova sigla após deixar o PL.
O governador Rafael Fonteles (PT) disputará a reeleição com o objetivo de consolidar os projetos implantados em sua gestão. Entre as principais bandeiras estão a transformação digital do estado, o programa Piauí Saúde Digital e os investimentos internacionais voltados para o projeto de hidrogênio verde e a ampliação do Porto Piauí. O nome do vice ainda está em definição, após Fonteles confirmar que Themistocles Filho (MDB) não disputará novamente ao seu lado. O mais cotado é o secretário de Educação, Washington Bandeira, o que indicaria uma chapa pura do Partido dos Trabalhadores. Themistocles deve disputar uma vaga na Assembleia Legislativa.
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Na oposição, a ex-vice-governadora Margarete Coelho aparece como um dos principais nomes. Filiada ao Progressistas, ela tem defendido a união das forças oposicionistas e mantido um discurso de crítica à condução administrativa do atual governo. Margarete conta com o apoio do senador Ciro Nogueira (PP) e de lideranças do seu partido, que trabalham pela consolidação de um bloco opositor.
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O jornalista Toni Rodrigues (PL) também entra oficialmente na disputa após ser confirmado como pré-candidato do partido. Ele ganhou destaque nas redes sociais e é identificado com o público conservador. O PL aposta em sua candidatura para fortalecer o campo bolsonarista no estado.
José Maia Filho, o Mainha, ex-deputado federal, deve disputar o governo estadual por uma nova sigla após deixar o PL, em razão de divergências internas. Crítico do governo Rafael Fonteles, Mainha tem mantido posicionamento firme contra a condução da atual gestão estadual.
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No Senado Federal, a base governista aposta na dobradinha entre Marcelo Castro (MDB), que buscará a reeleição, e o deputado Júlio César (PSD), que concorrerá ao cargo pela primeira vez. Na oposição, o senador Ciro Nogueira (PP) também deve disputar novo mandato, embora seja citado nacionalmente como possível candidato a vice-presidente da República.
A composição das chapas proporcionais também foi influenciada pela recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Por maioria, os ministros acompanharam o voto do relator Luiz Fux, que determinou que a nova distribuição de vagas de deputados por estado, baseada em critérios populacionais, só passará a valer a partir de 2030. A medida foi tomada porque o Congresso Nacional não analisou a tempo o veto do presidente Lula à lei que ampliava o número de deputados de 513 para 531, e, pelo princípio da anualidade eleitoral, qualquer mudança nas regras só pode valer com pelo menos um ano de antecedência do pleito. Assim, o número atual de cadeiras será mantido nas eleições de 2026, evitando que o Piauí perca seis vagas estaduais e duas federais.
Na base de Rafael Fonteles, MDB e PSD firmaram um acordo de coligação cruzada, no qual o MDB lançará candidatos apenas a deputado estadual e o PSD disputará as vagas federais, com apoio mútuo. O PT também prepara suas chapas e pode incluir nomes pelo Republicanos, que se aproxima do grupo governista.
As projeções dos partidos indicam que o MDB pretende eleger 11 deputados estaduais, o PSD busca 4 cadeiras na Câmara Federal, e o PT trabalha para conquistar 5 vagas federais e 15 estaduais.
Já na oposição, o Progressistas (PP) pretende eleger pelo menos 7 deputados estaduais e ampliar o número atual de federais, enquanto o PL corre por fora buscando montar uma chapa federal competitiva para 2026.
Com candidaturas confirmadas, alianças em formação e movimentações intensas nos bastidores, o Piauí entra na contagem regressiva para as eleições de 2026, que prometem redesenhar o mapa político do estado.
Portal O Dia