Picos(PI), 29 de Abril de 2024

Matéria / Concursos

MP aponta irregularidades e pede suspensão de concurso da Sejus

Promotora Leida Diniz afirmou que existiram problemas na prova de informática

10/04/2017 - Jesika Mayara

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266e8b9ab1134c6cee64dfcc2773.jpg Ministério Público do Piauí - MP-PI (Foto: Fernando Brito/G)
266e8b9ab1134c6cee64dfcc2773.jpg Ministério Público do Piauí - MP-PI (Foto: Fernando Brito/G)

O Ministério Público do Estado do Piauí (MP-PI) recomendou que a secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) suspenda o concurso para agente penitenciário realizado no dia 20 de março. O MP afirma que foram cometidos erros na correção da prova de informática e na divulgação de gabarito similar a prova do mesmo concurso realizada no ano passado, que foi anulado no mês de janeiro.

A promotora de Justiça Leida Diniz recomendou também que seja anulada a prova sobre noções de informática, por acreditar que tenha havido violação aos princípios constitucionais da administração pública.

A Sejus informou que encaminhará a recomendação para a Procuradoria Geral do Estado e que irá se pronunciar apenas após análise da PGE.

O concurso questionado pelo MP vive mais um capítulo de polêmica. No dia 18 de setembro de 2016 as provas objetivas do certame foram realizadas e no dia seguinte quatro pessoas foram presas acusadas de fraude no certame. Por conta das investigações, as provas foram anuladas. Novas provas foram realizadas em março deste ano e mais uma vez e agora o MP aponta irregularidades.

Para a promotora de Justiça Leida Diniz, os problemas geram dúvidas por parte dos candidatos pela falta de transparência do certame somadas aos problemas de fraudes ocorridas na primeira fase deste e outros concursos realizados no Piauí e em que o NUCEPE estava como banca organizadora.

A promotora de Justiça avaliou que o Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), demonstrou clara incapacidade para condução de um concurso de tamanha relevância e, que os erros cometidos violam os princípios da transparência, moralidade e eficiência. “Na administração pública não há lugar para dúvida; tudo deve ser claro e transparente”.

Procurado, o Nucepe informou que irá responder o MP e que a administração superior da instituição vai estudar as opções dentro do prazo estabelecido.

Os gestores têm o prazo de 10 dias, a contar do recebimento da recomendação administrativa, para apresentar ao Ministério Público Estadual as providências tomadas para o cumprimento das medidas elencadas na recomendação.

G1

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