Picos(PI), 19 de Maio de 2024

Matéria / Geral

Agentes penitenciários de Picos denunciam más condições de trabalho

A categoria está em greve desde o dia 11 de setembro

19/09/2017 - Jesika Mayara

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0b74b0bd68be5582051f9cb007d1.jpg (Foto: Reprodução/ Whatsapp)
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Em greve desde o dia 11 de setembro, os agentes penitenciários de todo o Estado cobram o cumprimento acordo coletivo firmado no Tribunal de Justiça. EM Picos, os profissionais lotados na Penitenciária José de Deus Barros em Picos denunciam más condições de trabalho.

Com a capacidade de 144 vagas, atualmente a unidade prisional conta com 404 internos, o que configura a superlotação do local. Dados do movimento apontam que 70% dos presos do local são provisórios, ou seja, ainda não foram julgados e sentenciados.

“Nós estamos com cinco agentes por plantão. Número insuficiente em relação ao número de presos. Defendemos que seja construído um presídio na região, temos até uma ação civil pública em relação a isso, onde solicitamos uma unidade nos moldes RDD, assim como uma construção de uma Casa de Custódia e a reativação da Casa de Albergados de Picos, destinada ao preso que cumpre o regime aberto”, disse o diretor de defesa de classe da associação dos agentes penitenciários, Rogério Bezerra.

O profissional ressaltou ainda as condições de trabalho que a categoria enfrenta na unidade, onde segundo ele, muitas vezes faltam materiais básicos para que suas atividades sejam desenvolvidas.

“Esses materiais dizem respeito as vistorias durante as visitas, coletes balísticos para atividades externas. Também falta investimento tecnológico que melhorariam a prevenção de crimes dentro dos presídios, como a entrada de objetos ilícitos dentro das cadeias, por exemplo”, afirmou o agente penitenciário.

Mesmo com a intervenção do Tribunal de Justiça do Piauí, os agentes penitenciários em greve e a Secretaria Estadual de Justiça não chegaram a um acordo durante audiência de conciliação ocorrida nesta segunda-feira (18).   

De acordo com o diretor sindical do Sinpoljuspi, Jefferson Dias, a categoria irá cumprir o que o TJ determinou.

“60% das nossas atividades irão voltar a funcionar, embora os agentes estejam trabalhando 100%. Estamos aguardando a audiência de hoje ao meio dia com o governo. Depois disso o sindicato chama nova assembleia para tomar uma decisão”, disse o diretor.

 

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