Picos(PI), 17 de Maio de 2024

Matéria / Economia

Número de demissões no Piauí é o maior em 24 anos

O estado registrou quase 10 mil demissões em janeiro de 2016.

11/04/2016 - Jesika Mayara

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afc1f3c48a09ce8a70f211ef663f.jpg Esse é o pior desempenho desde 1992. (Foto: Reprodução)
afc1f3c48a09ce8a70f211ef663f.jpg Esse é o pior desempenho desde 1992. (Foto: Reprodução)

A quantidade de pessoas desempregadas aumentou no Piauí no início deste ano, registrando a maior marca das últimas duas décadas. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, quase 10 mil demissões ocorreram somente em janeiro de 2016, o pior desempenho desde 1992. Em fevereiro foram perdidos 3.475 empregos. Os setores que mais demitiram foram industrial e comércio.

Ainda de acordo com dados do Caged, com relação à geração de empregos, no mês de fevereiro dentre as cidades do Piauí que tiveram saldo negativo estão: Esperantina, Miguel Alves, Piripiri, Campo Maior, Oeiras, Parnaíba, São Raimundo Nonato, Floriano, Pedro II, José de Freitas e Teresina. No mês de fevereiro, na capital, foram 4.847 pessoas admitidas e 7.642 demitidas, ficando com um saldo negativo de 2.795 empregos perdidos.

No primeiro mês do ano, o Piauí era o quinto Estado do Nordeste com o maior número de demissões. Segundo dados atualizados, entre as cidades do estado com mais de 30 mil habitantes, somente Altos, Picos, Barras e União tiveram saldo positivo na geração de empregos em fevereiro.

Em decorrência da falta de emprego, na sede do Sistema Nacional de Emprego no Piauí (Sine), todos os dias, dezenas de pessoas procuram por oportunidades. Mesmo com experiência em áreas específicas, muitas pessoas abrem de suas qualificações para aceitar qualquer trabalho. Como é o caso de Rogério Nascimento, de 38 anos.

Seu último emprego foi na empresa de serviços gerais Servi-san e há dois anos está desempregado. “Para pagar as dívidas, faz dois anos que vivo de fazer ‘bicos’, porque, mesmo com a crise e o desemprego, as contas não param de chegar. É preciso pagar água, luz, telefone”, lamenta Rogério.

Sara Kelly Freitas também está desempregada e procurou o Sine para tentar arranjar uma vaga de trabalho. “Eu sou manicure, mas encontrar emprego está difícil. A situação fica pior, porque tenho duas filhas para criar”, diz.

Fonte: Diário do Povo do Piauí

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