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Matéria / Saúde

Síndrome “Mão-pé-boca”: pediatra alerta para doença que atinge crianças

A doença infecto contagiosa atinge em sua maioria crianças menores de cinco anos

29/04/2019 - Redação

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P40G-IMG-48de3c4d56fec9387d.jpg (Foto: Reprodução)
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Febre alta por dois ou três dias, acompanhada de bolhas na região da garganta e da boca, além de manchas vermelhas nos pés e mãos. Esses são os principais sintomas da síndrome mão-pé-boca.

Ela é altamente contagiosa que atinge em sua maioria crianças menores de cinco anos de idade, mas também pode atingir adultos, embora seja menos comum.

De acordo com o pediatra Sérgio Feitosa, a doença é causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus.

“O diagnóstico é clinico, ou seja, o médico baseado nos sintomas e sinais que a criança apresenta consegue definir o caso como sendo doença mão-pé-boca. As bolhas podem ser doloridas e coçar e ressalta-se que as que atingem a boca podem atrapalhar na alimentação”, explicou o médico.

Doença causa bolhas nas mãos, pés e região da boca (Ilustração).

Sérgio ressaltou a importância de os pais levarem as crianças ao médico para a realização de uma avaliação mais completa, uma vez que a doença se confunde com inflamação de garganta e catapora.

“O tratamento é inespecífico, ou seja, é realizado através da hidratação, que tem o objetivo de melhorar a circulação da criança fazendo com que as células de defesa e anticorpos eliminem o vírus. Além da prescrição de remédios para febre e dor para dar mais conforto e a orientação do uso de soluções antissépticas nas bolhas evitando a infecção secundária por bactérias”, ressaltou o pediatra.

As crianças diagnosticadas com a doença deverão ausentar-se da escola por cerca de sete dias, uma vez que a transmissão acontece através da saliva e fezes do infectado.

“O vírus fica presente nas fezes por trinta dias, após o inicio dos sintomas. Dessa forma é preciso que os pais redobrem os cuidados na hora da higiene da criança e descarte corretamente as fraudas. Superfícies que tiveram o contato com a saliva da criança deverão ser limpas corretamente, com o objetivo de não contaminar outras pessoas”, alertou Sérgio Feitosa.

Medidas de prevenção e interrupção da cadeia de transmissão são importantes na síndrome, já que ainda não existe vacina contra ela. É aconselhável lavar as mãos frequentemente com sabão e água, especialmente depois de trocar fraldas e usar o banheiro. Além de limpar e desinfetar superfícies tocadas com frequência, incluindo brinquedos; evitar contatos próximos como beijar, abraçar ou compartilhar utensílios com pessoas infectadas.

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