Picos(PI), 28 de Abril de 2024

Matéria / Política

Walmir demite ex-aliados mas não nomeia aprovados em concurso

A angústia dos aprovados consiste também no prazo do certame, que vence em fevereiro do próximo ano

14/08/2020 - Redação

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P40G-IMG-fb2c3d4caec03857d4.jpg (Foto: Prefeitura de Picos)
P40G-IMG-fb2c3d4caec03857d4.jpg (Foto: Prefeitura de Picos)

Da Redação

Mesmo a conta-gotas, o prefeito de Picos e ex-vigário José Walmir de Lima, está promovendo a demissão de dezenas de pessoas que ocupavam os mais variados cargos comissionados do primeiro e segundo escalão da Prefeitura. Indicados por apadrinhamento político, os demitidos são ligados aos vereadores e lideranças que decidiram seguir apoiando a pré-candidatura a prefeito do empresário Francisco Araújo Filho, o Araujinho e que não cederam às pressões e exigências do atual mandatário do Executivo Picoense.

Contudo, mesmo deixando vagos inúmeros cargos na gestão municipal com a recente onda de demissões, o prefeito Walmir Lima ainda não deu nenhum sinal de que pretende nomear os aprovados remanescentes do último concurso público da Prefeitura. Algo em torno de 100 pessoas ainda aguardam o chamamento para assumirem seus cargos de forma efetiva no serviço público. E quanto mais se aproxima o prazo de vencimento do certame, que é fevereiro do ano que vem, a angústia e a incerteza vêm tomando conta de suas cabeças.

O portal Picos 40 Graus ouviu alguns dos aprovados, que confirmaram a preocupação. “Para quem estudou e buscou uma segurança é um momento muito angustiante. Os aprovados buscam a Prefeitura desde a primeira convocação e tem se unido nessa busca pelas nomeações”, disse Valdênia Cruz, aprovada para o cargo de merendeira. “A desculpa, por parte da gestão, sempre tem sido as condições financeiras. Muitos já procuraram a Justiça e o Ministério Público, porém sem muito sucesso até o mesmo” – destacou.

Erivaldo Costa, aprovado em segundo lugar para o cargo de técnico de enfermagem da zona rural, enfatiza que sua nomeação já foi adiada mais de uma vez. “O sentimento é mesmo de angústia, pois mesmo sabendo da necessidade por parte do município, não sabemos quando seremos nomeados” – comentou.

“Estamos tristes, esperando como se estivéssemos pedindo um favor, sendo que é um direito nosso. Nos dedicamos aos estudos, abdicamos das nossas famílias, do nosso tempo, para estudar. Isso é uma falta de respeito”, reclamou Maria do Socorro Paiva, outra aprovada no concurso.

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