Os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Davi Alcolumbre (União-AP) e Hugo Motta (Republicanos-PB), respectivamente, procuraram alguns parlamentares, para que eles analisem um texto alternativo ao projeto de lei que anistia os condenados pelos atos extremistas do 8 de janeiro. O movimento, iniciado na última semana, tem o aval do STF (Supremo Tribunal Federal), que também participa das conversas. Entre os parlamentares envolvidos na discussão está o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A ideia é criar uma proposta que não seja inconstitucional e que, ao mesmo tempo, deixe de lado o perdão total aos atos antidemocráticos. Seria um texto com “equilíbrio”, em razão de reclamações tanto da direita quanto da esquerda em torno do atual relatório do PL da Anistia, elaborado pelo deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE). O novo texto estudado, que ainda não foi oficializado, deve se apresentar como uma alternativa a dosimetria das condenações dos envolvidos no 8 de janeiro. Há um entendimento entre algumas lideranças do Congresso de que existem penas “fora da régua” a condenados pelos atos extremistas. Eles citam, por exemplo, os envolvidos que foram condenados a 17 ou 14 anos de prisão. Então, uma das possibilidades seria ajustar essas penas. Essas condenações, contudo, não representam a maioria. Dos 497 condenados, a maior parte, 249, foi sentenciada a penas que variam entre um a três anos de detenção. Dos outros, um teve pena de 17 anos e seis meses de prisão, 43 de17 anos de prisão, 58 de 16 anos e seis meses, um de 14 anos e seis meses e 102 a 14 anos de prisão. (Com informações do Portal R7)