O impasse sobre o calendário de pagamento de emendas parlamentares e a arrecadação do governo federal em 2026, período de eleições presidenciais, travou a elaboração das regras do Orçamento do ano que vem no Congresso Nacional. O projeto da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) define as regras do Orçamento da União e está atrasado há três meses — deveria ter sido aprovado em julho. A votação estava marcada para esta terça-feira (14), na CMO (Comissão Mista de Orçamento) do Congresso, mas foi adiada a pedido do governo. O relator da proposta, deputado Gervásio Maia (PSB-PB), incluiu no texto um calendário de pagamento de emendas, impondo ao governo federal o repasse dos principais recursos de interesse dos congressistas — emendas Pix e transferências para fundos de saúde e assistência social — no primeiro semestre do ano que vem, antes das eleições. O Executivo é contra essa imposição por amarrar o caixa da União e também por colocar no fim da fila os repasses de interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Nos bastidores, esse é o principal impasse entre o governo e os parlamentares na votação da LDO. (Com informações do Portal R7)