15/11/2025 - Redação
(Foto: Reprodução)
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Uma descoberta ainda pouco divulgada traz esperança para autistas. Cientistas dos EUA conseguiram reverter sintomas do autismo com camundongos, na Universidade de Stanford.
Eles identificaram a “área alvo” e conseguiram reverter os sintomas com medicamentos que “desligam” essa área afetada do cérebro. Entre os sintomas estão a sensibilidade, a atividade motora, comportamentos repetitivos, a diminuição das interações sociais e a suscetibilidade a convulsões.
Para isso, a equipe usou medicamentos que estão sendo estudados para o tratamento da epilepsia. Eles querem saber por que processos relacionados ao transtorno do espectro autista e à epilepsia se sobrepõe no cérebro e por que geralmente ocorrem nos mesmos pacientes, informou a Sciense.
Remédio experimental usado
A epilepsia é mais presente em pessoas com autismo do que na população em geral, embora não a ciência ainda não saiba o motivo dessa associação. O que se sabe é que a hiperatividade em uma região específica do cérebro pode levar a comportamentos comumente associados ao transtorno do espectro autista.
Sung-Soo Jang e os colegas da Universidade de Stanford (EUA) identificaram o núcleo reticular talâmico, que serve como um guardião das informações sensoriais. Ele fica entre o tálamo e o córtex e os cientistas acreditam que seja um alvo potencial para novas abordagens terapêuticas para o autismo.
Ao saber dessa conexão, os pesquisadores testaram um medicamento experimental para convulsões, o Z944, e descobriram que ele reverteu problemas comportamentais no ratinho com autismo.
Como conseguiram
Ao usar o tratamento experimental diferente, que modifica geneticamente neurônios para responder a drogas sintéticas – conhecido como neuromodulação baseada em DREADD – os pesquisadores conseguiram suprimir a hiperatividade no núcleo reticular talâmico e reverter questões comportamentais nos animais.
Eles conseguiram, inclusive, induzir problemas comportamentais em camundongos normais, aumentando a atividade no núcleo reticular talâmico.
E isso é só o início.
Próximos passos
Agora os cientistas se preparam para começar um outro trabalho, para descobrir se essas mesmas rotas funcionam também no cérebro humano.
Portal R7/ Só Notícia Boa