Picos(PI), 16 de Novembro de 2025

Matéria / Geral

Lula defende aumento do IOF para setores lucrativos e critica pressões contra mudança

Presidente afirma que medida é necessária para garantir justiça fiscal e evitar cortes em áreas como saúde e educação

19/06/2025 - Redação

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P40G-IMG-2ce5a3460d1ab63b68.jpg (Foto: Reprodução)
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Empresas que movimentam bilhões, mas pagam pouco imposto, estão na mira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ao comentar a proposta do Ministério da Fazenda que prevê aumento do IOF para setores altamente lucrativos, Lula foi direto: é hora de ajustar distorções e reforçar o caixa público sem comprometer serviços essenciais.

Durante entrevista divulgada nesta quinta-feira (19), ele defendeu o plano de elevação do tributo, com foco em segmentos como apostas eletrônicas e fintechs. “As bets pagam 12%, nós queremos que paguem 18%. Eles ganham bilhões e bilhões. Não querem pagar. As fintechs, hoje, são quase que uns bancos, não querem pagar”, afirmou. E completou: “Essa briga nós temos que fazer, gente, não dá para a gente ceder toda hora.”

A fala ocorre em meio a um cenário de resistência no Congresso. Desde que a proposta foi apresentada em maio, o Executivo precisou recuar parcialmente. Em junho, o Planalto publicou uma medida provisória com ajustes e reduziu alíquotas, numa tentativa de atenuar os embates. Ainda assim, o tema seguiu em alta tensão. Deputados aprovaram, no dia 16, a tramitação em regime de urgência de um projeto que pretende anular o novo decreto. O mérito ainda não foi votado.

Segundo Lula, a arrecadação extra é uma alternativa à tesoura no orçamento. Ele alertou que, sem novas fontes de receita, as áreas mais vulneráveis acabam pagando a conta. “Se eu tiver que cortar 40 bilhões do orçamento de obras de rua para a saúde, para a educação, eu tenho que ter uma compensação. O IOF é um pouco para fazer essa compensação”, explicou.

Sem citar nomes, o presidente criticou o peso político de grupos econômicos que tentam barrar mudanças. Para ele, o governo precisa manter firmeza para garantir equilíbrio nas contas públicas e justiça social.

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